"I'll see you soon"
Sentada no baloiço, situado no alpendre da mansão, estava a minha mãe. Tinha um vestido preto comprido, que fazia salientar a sua cara pálida, os seus olhos inchados e o seu cabelo loiro. A doença enfraqueceu-a imenso e a morte do meu pai, só veio piorar a situação.
- Pára por aí! Eu não quero saber de nada disso neste momento, quero deixar esse assunto para a polícia.. - apesar do choque que me havia causado, consegui manter a confiança na voz e bem perto do coração que a todo o custo queria saber o autor de tal crime!
O meu irmão, William, respondeu-me com indignação, salientando-a com as famosas rugas de expressão que corriam no sangue da família.
- Como é que não queres saber?! Ele é nosso pai!
- Will, eu já estou suficientemente magoada com o que aconteceu! Não preciso nem quero que ela se torne numa raiva tal que me faça perder o controlo! Alguém tem que ter a cabeça fria para organizar todas estas coisas e se não a consegues manter, então tenho de agir eu!- argumentei, saindo do carro e dirigindo-me à casa principal para ver a minha mãe.

A minha única escolha era correr, abraçá-la e levá-la para dentro para ela não piorar ou apanhar uma pneumonia, já que o meu irmão nem pensou nessa hipótese!
- Mãe!!!
*H
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- Já chegámos? Melodie, se me conheces assim tão bem, devias saber que eu odeio que me levem com os olhos vendados para algum lado!
Por entre o barulho da multidão, só ouvia "Bem-vindas" e melodias dissonantes.. Até que chegámos a um sítio mais silencioso e luminoso.
- Já, já chegámos! Podes tirar a venda!
Ao retirar a venda, reparei num reduzido número de pessoas a sorrir para mim. Cada pessoa tinha um instrumento, desde guitarras e violinos até a clarinetes, flautas e saxofones.
Melodie pegou num clarinete e começou a tocar uma peça mesmo linda que, por acaso, não me era desconhecido.
Entretanto, iam entrando o resto dos instrumentos, e só quando estavam todos é que notei que um rapaz não estava a tocar, apesar de estar a segurar um instrumento. De seguida, ele aproxima-se:
- Eu sei que não te lembras de mim, nem desta gente toda. Aliás, nem sei se reconheces a música mas, este é o teu instrumento. Tenta acompanhar!- dito isto, o rapaz entrega-me a guitarra e volta para o seu lugar segurando um violino.
A música despertava-me todos os sentidos e aos poucos fui procurando automaticamente as posições dos acordes daquela música, tentando acompanhar. No final, o grupo ficou a olhar para mim, depois para Melodie e finalmente para o rapazito até decidirem que seria melhor ser Melodie a falar comigo:
- Lembraste-te da música? É a tua favorita!
- Bem, se não era a minha favorita passava a ser agora mesmo... Mas não me lembro do nome... Desculpa!- a sua cara ficou pálida e o rapaz baixou a cabeça e virou-se para as janelas da sala.
Melodie olha para mim, com olhos tremidos que continham um lago de lágrimas e sorriu ternamente.
- Bem, ao menos conseguiste acompanhar-nos. Significa que nunca esqueceste uma das tuas primeiras paixões! A música chama-se "How to Save a Life" dos The Fray, a tua banda favorita desde a tua adolescência. Valeu a pena tentar!- dito isto, o grupo dispersou, Melodie foi agradecer a presença deles ali e o rapaz mantinha-se virado para as janelas.
Achei que devia ir ter com ele, que a amnésia o estava a magoar de alguma maneira.
- Desculpa!- disse sem expressão.
O rapaz finalmente olhou para mim, com uma expressão doce e igualmente revoltada, provavelmente procurava as melhores palavras para me responder.
- Ok! Se não te lembras quem sou, nem dos momentos que passámos juntos, vamos começar de novo então!- respirou fundo, fechou os olhos e, quando os abriu, estendeu-me a mão sorrindo. - O meu nome é Rick e sou da tua turma..
Rick! Este nome ecoava no vazio da minha memória e não resisti em perguntar:
- Rick! O que é que tu eras a mim?
O rapaz levou-me até às cadeiras e começou a contar tudo o que aconteceu entre nós, todos os sentimentos provenientes do nosso ser que ficaram marcadas no coração. De seguida levou-me a todos os recantos e, aos poucos, deixava de estranhar todo aquele ambiente até saber perfeitamente cada recanto da escola.
Eram quase 6 da tarde quando recebi uma mensagem de Melodie:
A música despertava-me todos os sentidos e aos poucos fui procurando automaticamente as posições dos acordes daquela música, tentando acompanhar. No final, o grupo ficou a olhar para mim, depois para Melodie e finalmente para o rapazito até decidirem que seria melhor ser Melodie a falar comigo:
- Lembraste-te da música? É a tua favorita!
- Bem, se não era a minha favorita passava a ser agora mesmo... Mas não me lembro do nome... Desculpa!- a sua cara ficou pálida e o rapaz baixou a cabeça e virou-se para as janelas da sala.
Melodie olha para mim, com olhos tremidos que continham um lago de lágrimas e sorriu ternamente.
- Bem, ao menos conseguiste acompanhar-nos. Significa que nunca esqueceste uma das tuas primeiras paixões! A música chama-se "How to Save a Life" dos The Fray, a tua banda favorita desde a tua adolescência. Valeu a pena tentar!- dito isto, o grupo dispersou, Melodie foi agradecer a presença deles ali e o rapaz mantinha-se virado para as janelas.
Achei que devia ir ter com ele, que a amnésia o estava a magoar de alguma maneira.
- Desculpa!- disse sem expressão.

- Ok! Se não te lembras quem sou, nem dos momentos que passámos juntos, vamos começar de novo então!- respirou fundo, fechou os olhos e, quando os abriu, estendeu-me a mão sorrindo. - O meu nome é Rick e sou da tua turma..
Rick! Este nome ecoava no vazio da minha memória e não resisti em perguntar:
- Rick! O que é que tu eras a mim?
O rapaz levou-me até às cadeiras e começou a contar tudo o que aconteceu entre nós, todos os sentimentos provenientes do nosso ser que ficaram marcadas no coração. De seguida levou-me a todos os recantos e, aos poucos, deixava de estranhar todo aquele ambiente até saber perfeitamente cada recanto da escola.
Eram quase 6 da tarde quando recebi uma mensagem de Melodie:
" Vou para casa! A médica diz que és livre de passar a noite em casa, talvez ajude... Se quiseres, o Rick sabe onde moras."
Decidi passar a noite em casa, longe daquele ambiente cheio de germes e agulhas, pelo que pedi a Rick que me ajudasse a chegar a casa.
Não demorou muito, bastou apenas entrarmos no autocarro e passados 15 minutos estávamos a sair em Shaftesbury Avenue e a entrar num prédio com uma padrão típico inglês.
- Sobe.. Por favor! Acho que a Melodie precisa de apoio visto que a Harmonie não está cá...
- A Harmonie mas... Tu lembras-te dela e de como ela era?- perguntou de súbito.
- Não me lembro bem, assim como eu não me lembro bem do carácter da Mel ou da tua cara! Mas lembro-me da tua personalidade. Mas sobes ou não?- respondi de maneira a terminar a conversa, pelo menos ao frio.
Rick subiu. Depressa encontrámos Melodie agarrada aos tachos com um rapaz e uma rapariga sentada no sofá a ler. Melodie largou os tacho e começou a re-apresentar os dois desconhecidos: Noah e Cassandra.
- Anda comigo... falta-te conhecer uma parte importante da história!- disse Rick no final das re-apresentações.
Subimos até ao telhado, onde se encontrava o sofá. A partir daí foi um misto de imagens que choveram dentro da minha cabeça, preenchendo o vazio. Essa reacção causou-me tonturas, pelo que me sentei logo no sofá de olhos fechados para tentar assimilar tanta informação.
- Abby! Estás bem?- perguntava Rick, quase em pânico.
- Sim... Apenas cansaço! Foi muita informação para assimilar num dia só.
- Mas lembras-te? Foi aqui que tudo começou..- dizia sentando-se no sofá e puxando-me para o corpo dele.
A noite estava fria e apenas a manta que lá estava me bastava para controlar as tremuras de frio crescentes.
- Como começou?- perguntei, olhando para ele e enroscando-me cada vez mais.
- Assim...- Rick olha para mim e encosta a sua cabeça à minha, acariciando-me o braço.
As luzes da avenida mal serviam para iluminar o telhado, mas foi suficiente para adormecer nos braço do meu desconhecido amado.
*A